Ação do Governo do Estado, em parceria com a Fundação Projeto Tamar, amplia as oportunidades de renda e visibilidade dos trabalhos de diversos artesãos
Exposição, comercialização e vivência com o artesanato sergipano. Essas são algumas das oportunidades promovidas com a Casa dos Saberes e Fazeres, no Oceanário de Aracaju, na Orla da Atalaia. Até o dia 9 de julho, das 13h30 às 17h, o evento contará com a participação dos trabalhos artesanais de diferentes municípios do estado, a fim de fomentar o desenvolvimento e a visibilidade dessa cadeia produtiva em um espaço com grande presença de turistas.
De acordo com a diretora de Artesanato da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), Daiane Santana, o espaço oportuniza o aprendizado prático, com cursos ministrados pelos próprios artesãos para que o público possa conhecer um pouco mais desses trabalhos. “É uma vivência que não faz parte do dia a dia, não se encontra com facilidade… eles estão podendo mostrar como se faz o artesanato sergipano”, enfatizou Daiane, sobre a troca de experiências entre artesãos e turistas que favorece o fomento das potencialidades artesanais do estado.
A troca mútua durante o evento no Oceanário foi ressaltada pela médica veterinária da Fundação Projeto Tamar, Gabriela Dutra. Para ela, esse espaço de valorização da cultura e dos trabalhos sergipanos é, também, uma ferramenta para conservação das tartarugas marinhas. “É uma oportunidade de trazer outros públicos para dentro da fundação e mostrar um pouco do que a gente tem no estado e que é muito importante”, disse.
Valorização dos trabalhos artesanais
Para Marilécia Cardoso, artesã do município de Laranjeiras, trata-se de uma oportunidade única, especialmente depois de um período difícil como a pandemia, no qual não foi possível a realização de tantas exposições. “Eu me sinto muito radiante, porque toda vez que a gente está em um espaço chegam os turistas elogiando o nosso trabalho. Eles não conhecem [por exemplo] a renda irlandesa. É uma novidade, né? Não sabem como é feito… quando veem a gente fazendo o processo ficam encantados”, conta. Trabalhos na madeira, no jornal e na resina também são destaques entre os produtos expostos pelos artesãos do município.
“É uma grande oportunidade de estarmos mostrando nosso trabalho. A gente fica muito feliz com isso, somos um grupo de artesãs unidas. Nós fazemos crochês, trabalhamos com cerâmica, macramê… como o tempo da gente é muito corrido, uma dá suporte à outra”, ressalta a artesã Munik Freitas, de Aracaju, que começou no artesanato há cerca de nove anos, com a produção de filtros dos sonhos.
A Casa do Artesão Simãodiense também marca presença durante o evento. De acordo com a artesã e associada Rosa Helena Andrade, são cerca de 57 artesãos que abastecem a loja de forma colaborativa, ampliando a visibilidade de trabalhos e trabalhadores que estavam, ainda, no anonimato. “Estamos, aqui, mostrando para o pessoal a qualidade do nosso trabalho, a diversidade dos nossos artesãos e encantando”, ressaltou sobre a presença durante o evento no Oceanário.
Além do Arraiá do Povo, Rua São João e Gonzagão, a Casa dos Saberes e Fazeres é mais um espaço de valorização do artesanato e da gastronomia sergipana promovido pelo Governo do Estado durante a realização dos festejos juninos. O evento, realizado pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur), conta com o apoio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), do Projeto Tamar, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio/SE); além do Centro de Convenções AM Malls Sergipe, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe (Sebrae/SE) e o Megga Atacadista.