A festa é, para sergipanos dos mais variados segmentos, responsável por despertar uma gama de sentimentos, que fazem com seja uma das mais aguardadas do calendário de eventos

Fogueira acesa, milho verde, quentão, forró, canjica, arroz doce, bandeirolas, quadrilhas são elementos que fazem parte do cenário das celebrações a São João. A festa, uma das mais populares no Brasil, é, para sergipanos dos mais variados segmentos, responsável por despertar uma gama de sentimentos, que fazem com seja uma das mais aguardadas do calendário de eventos.  

Para o governador de Sergipe, Fabio Mitidieri, a festa representa o que há de melhor na cultura nordestina e sergipana. “São João é tradição, cultura, arte, é a história do povo nordestino e sergipano. Estou muito feliz em estar resgatando essa tradição de promover tudo aquilo que a gente tem de mais bonito. Nosso intuito é que isso possa ser duradouro e fortalecer o Gonzagão, Centro de Criatividade, Rua São João, Arraiá do Povo, como também o São João do interior, a exemplo de Estância, Areia Branca, Muribeca, Capela e tantos outros. Que possamos, cada vez mais, disseminar pelo Brasil a fora que Sergipe é o país do forró”.   

O São João significa o resgate da cultura sergipana. É o que defende a primeira-dama e secretária de Estado da Assistência Social e Cidadania, Érica Mitidieri. “É trazer essa vibração, energia, esse mexido no pé contagiado por essa riqueza de ritmos. Estamos muitos felizes em poder vivenciar esses 31 dias de forró, promovendo a alegria das pessoas e fomentando a cadeia produtiva que se beneficia com essa festividade”.        

Já na opinião do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, o São João é uma festa que alimenta a alma de todos os nordestinos. “É uma celebração grandiosa, que desperta em nossos corações a alegria, o amor, a felicidade e que estimula sentimentos de preservação das nossas raízes culturais. Além disso, é um período que movimenta toda a cadeia produtiva e beneficia diversos segmentos com os festejos juninos. Os hotéis ficam lotados, com a chegada dos turistas, os bares e restaurantes também veem o aumento expressivo do movimento. O mesmo acontece com os artesãos, vendedores ambulantes, motoristas de táxis e aplicativos. Ou seja, todos saem ganhando e isso é muito bom porque gera emprego, renda e fomenta o nosso turismo”.

Outro que destaca a festividade como um dos pilares da cultura nordestina é o cantor Alex Santana. “Quando chega junho, já começamos a sentir o cheiro de pamonha, canjica, da fumaça das fogueiras, do forró contagiante. É o momento de enaltecer as quadrilhas juninas, as festas como o Arraiá do Povo, Forró Caju, Areia Branca, Estância. Eu sou apaixonado pelo São João, meu sonho é ver o forró tocado todos os meses do ano nesse estado. São João é a melhor coisa que temos”.       

O período faz a publicitária Fernanda Goulart reviver a época da infância em que acompanhava as apresentações das quadrilhas juninas. “É um espaço temporal que amo viver. O São João é uma das festas que mais me sinto em casa. Remete-me ao lado cultural, às quadrilhas juninas. É muito bonito acompanhar as histórias que as juninas trazem e, ao mesmo tempo, a comunhão e os encontros que a festa proporciona”.  

A sensação é compartilhada pelo artista e educador Everton Nunes, que evidencia o resgate daquilo que há de mais essencial na cultura regional.  “São João é a nossa cultura mais orgânica, é o que temos de mais potente no Nordeste e, em Sergipe, nesse período, a gente já começa a reviver uma série de contextos que foram importantes na nossa sergipanidade”.      

Para o cantor, compositor e gestor cultural Irineu Fontes, os festejos remetem à continuidade das tradições locais. “O São João é o que faz Sergipe ser reconhecido como país do forró, e não apenas por sermos forrozeiros, mas por vivenciar esse clima em todas as cidades e manter a tradição junina sempre viva”.         

O padre Marcelo Conceição destaca a festa como símbolo cultural, permeada pelo sagrado. “Nós nordestinos, de maneira especial, somos muitos religiosos e celebramos os santos como heróis da fé e os santos do ciclo junino – Santo Antônio, São João e São Pedro – representam eficazes testemunhas de quem vivenciou a experiência do Evangelho. Que o ciclo junino seja a festa da colheita, dos bons frutos, do trabalho, como também  da vida, esperança e da confraternização”.  

Para a presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), Antônia Amorosa, o São João é a maior festa do povo sergipano. “Não encontramos nenhum estado que preserve a tradição da cultura junina como Sergipe. Então, representa o fortalecimento das nossas tradições, mas também a expansão da nossa economia. Quando o governo investe, o estado também tem retorno, não apenas no turismo interno, como também externo, já que gente entra no mercado da competividade com outros estados, a exemplo da Bahia e Pernambuco”.      

País do forró

Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontecerá em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e Eneva e apoio da Energisa e MOB.