Estande no Arraiá do Povo traz escultura de Paulinha Abelha e memorial de artistas
Espaço do Museu da Gente Sergipana e Setur apresenta instalações culturais, Galeria Músicos da Gente e elementos regionais característicos de Sergipe
A entrada no Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, enche os olhos de sergipanos e turistas com a Vila do Forró, espaço onde a tradição é valorizada, com casinhas cenográficas que fazem referência às moradias do interior do nordeste brasileiro e ainda um estande cultural interativo do Museu da Gente Sergipana.
Promovido pelo Governo de Sergipe, por meio da parceria entre a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e o Instituto Banese, o espaço atrai visitantes a conhecerem a história de artistas imortalizados da música sergipana, elementos regionais, comidas típicas e produções artísticas locais, a exemplo da literatura de cordel.
Paulinha Abelha
Uma das personalidades sergipanas imortalizadas no espaço é a cantora Paulinha Abelha (in memoriam), vocalista da banda Calcinha Preta, que morreu no ano passado, aos 43 anos. A artista ganhou uma escultura em estrutura de aço e de carbono poliéster, feita pelo artista e escultor baiano, Félix Sampaio.
Visitando o espaço com sua família, a psicóloga sergipana Michella Menezes deu uma verdadeira aula para as crianças sobre quem foi Paulinha Abelha, enquanto os pequenos olhavam encantados para a escultura. “Esse memorial é muito importante para conhecer e valorizar mais os artistas da terra. Minhas filhas são de Pernambuco e estou tentando passar um pouquinho para eles a nossa cultura de Sergipe”, disse Michella.
Tecnologia e interação
Ao lado da escultura de Paulinha Abelha, o visitante encontra um totem interativo que reproduz um avatar digital 3D da cantora com o áudio original da sua voz, onde o visitante pode colocar os fones de ouvido e ouvi-la contando a sua história de vida e carreira. Esse é mais um exemplo de como o espaço alia a tecnologia ao tradicional num cenário composto por elementos da cultura nordestina.
A interação tecnológica chamou a atenção do filho da enfermeira Valdicleide Alves dos Santos. O garoto de oito anos de idade não hesitou em colocar os fones de ouvido e ouvir um pouco da história de Paulinha Abelha. “Vivemos numa era tecnológica, onde todos nós estamos habituados com esse contato. Nada melhor do que aproveitar esses artifícios para atrair, principalmente as crianças”, opinou.
Cultura sergipana
Ainda no espaço, há uma reprodução da Galeria Músicos da Gente, com fotopinturas de artistas sergipanos que, com seus talentos, enriqueceram a cultura junina do nosso estado. A galeria homenageia Marluce, Clemilda, Ismar Barreto, Rogério, Paulinha Abelha e Josa, o Vaqueiro do Sertão. A instalação original fica no Museu da Gente Sergipana. “Através da tecnologia, o público tem ainda acesso à história de cada um deles. Ao utilizar o QR code, é possível acessar vídeos que contam a trajetória dos músicos. A galeria perpetua esses artistas na memória do público”, destacou o diretor-superintendente do Instituto Banese, Ezio Déda.
A técnica em Turismo da Setur, Daniela Rocha, recebe os visitantes no estante e reforça a importância do espaço para quem não é do estado. “O turista quer conhecer melhor e ter vivências. O Museu da Gente Sergipana traz um pouco dessa experiência, retratando as comidas típicas, a própria história de Paulinha Abelha, conhecida em nível nacional e internacional, os nossos repentistas e cordelistas, a nossa mesa de comidas típicas. O nosso estado é muito rico e esse espaço é fundamental para os turistas, em especial as crianças”.
País do forró
Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontecerá em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.
A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e Eneva, e apoio da Energisa e MOB.