Tem festa por todos os cantos de Aracaju, tem sim! Nesta terça-feira, 20, iniciou no Complexo Cultural Gonzagão, a primeira edição da ‘Gonzagada’, evento integrante do Encontro Nordestino de Cultura 2023. A programação segue até o dia 30 de junho, com variedades rítmicas, por meio de novos e consagrados artistas sergipanos. Governo do Estado e Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) se unem e democratizam a cultura sergipana em mais um espaço histórico de Aracaju. Além do Gonzagão, tem festa na rua São João, com a ‘Segundona do Turista’, e o Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia.

O diretor de Política de Cultura da Funcap, Pascoal Maynard, explica que a ‘Gonzagada’ vai apresentar durante dez dias de evento o melhor do forró sergipano. “Nesse período, o nosso diferencial é termos apenas artistas locais. No total serão 30 apresentações de muito forró”, explica. Para Pascoal, a ideia do governador Fábio Mitidieri de fazer mais de 30 dias de festejo junino é fantástica. “Este ano é uma explosão de alegria e celebração em Aracaju e em outras cidades. No Gonzagão já tivemos concurso de quadrilha e agora, a Gonzagada. Somos um espaço pelo qual as pessoas têm um carinho especial, um espaço bom para dançar, tem comidas e bebidas típicas, é de fácil acesso, tem estacionamento e forro”, destacou.

Artistas

O cantor Fabinho Mello, da cidade de Nossa Senhora de Lourdes, tem aproximadamente 20 anos de carreira, e canta pela primeira vez no palco do Gonzagão. Ele acredita ser importante um evento que ressalta o artista sergipano. “Eu tive meu nome divulgado em TV, rádio, redes sociais e é fundamental, porque me dá visibilidade. Com certeza comecei com o pé direito nos festejos juninos de Aracaju, além de cantar no palco Gonzagão, que é muito importante para a carreira de qualquer artista”.

A banda Cintura Fina também participa de show pela primeira vez no Gonzagão. Um dos cantores, Neto Marques, adianta que vai cantar a canção nova ‘Eu e a vaqueira’. ‘Essa é nossa música de trabalho que já tem 150 mil visualizações no Youtube e está disponível em todas as plataformas digitais, também fizemos um clipe que está muito bonito”.

A cantora Márcia Gloover conta que no repertório da Cintura Fina não podem faltar as músicas ‘Chega chega’ e ‘Não te deixo nunca mais’. “Além do forró antigo estamos apostando no piseiro. Tem de tudo um pouco para agradar a todos”, revelou.

Márcia ainda enfatiza a iniciativa do Governo do Estado. “Por muitos anos os amigos da música, profissionais do som, da iluminação, as bandas, os trios pé de serra não conseguiam trabalhar. Este ano, todo mundo em atividade, fazendo uma renda extra. Está de parabéns o governador Fábio Mitidieri em investir no artista local”.

Pricy, cantora há um ano na banda, disse estar feliz em ver que há muita festa espalhada pela cidade. “Saber que existem vários polos de forró é importante para o turismo, para os artistas, para a cultura sergipana e a economia, Sergipe é de fato o país do forró”, destaca.

A banda sergipana Corisco do Trovão, com 25 anos de estrada, tem em sua formação quatro cantores que vão apresentar no show o novo CD, ‘De volta ao passado’. “Vamos relembrar músicas antigas como ‘Me dá um beijo’ e atuais. Tem para todos os gostos”, diz a cantora Aline Lima.

Já cantora Michelle Pinheiro relembra que a banda fez live no Gonzagão, pela Lei Aldir Blanc, durante a pandemia. “Hoje é um momento de muita emoção, pois da última vez que tivemos aqui foi na pandemia, período de uma doença que tirou o calor do público e hoje é olho no olho, voltamos com muito amor”.

O cantor Cristian Ferraz diz que cantar no Gonzagão é peso. “Quem é aracajuano sabe da importância desse espaço cultural, principalmente para nós artistas. Então, quando subirmos ao palco, o coração vai com certeza bater mais forte”, assegura. Para o cantor Nestorzinho, o que estava faltando era incentivo e na atual gestão do governo chegou. “Sergipe é o país do forró, tem festa em todos os lugares, o que deixa a gente feliz de ver esse movimento. Nossa terra é sortida de artistas excelentes e esse ano todos podem mostrar seus trabalhos”, observa o artista.

Público

Janilson Júnior, professor de dança de salão, saiu do bairro Siqueira Campos para aproveitar  a Gonzagada. “Fiquei sabendo desse evento pelas redes sociais e grupos de dança, então, não podia perder a oportunidade de dançar e prestigiar o artista local”.

A fisioterapeuta Silvia Santana, aluna de dança de Janilson, gosta de forró autêntico e viu no Gonzagão a oportunidade de praticar dança com seu professor. “Meu hobby é dançar, então, todos os dias procuro locais que eu possa praticar e que seja com boa música, o Gonzagão é uma ótima opção para dançar, para comer, encontrar os amigos”.

O casal Otacílio Silva e Ivanilde dos Santos veio prestigiar a filha Aline Lima, que canta na banda Corisco do Trovão, mas também aproveitou para dançar agarradinho. “A gente faz duas coisas ao mesmo tempo, vê a filha se apresentar e aproveita para dançar, afinal sou forrozeiro”. Otacílio faz parte do trio pé de serra ‘Pé quente do forró’ e seu nome artístico é Selinho do Forró. “Eu já toquei no Gonzagão, vim assistir e me apresentar tocando com quadrilhas e hoje vim curtir, assim como fui aproveitar os shows do último sábado, do Arraiá do Povo, afinal, a vida não é só feita de trabalho”, observa ele.

País do forró

Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontecerá em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e Eneva e apoio da Energisa e MOB.