Domingo no Arraiá do Povo teve tradição com Trio Nordestino e estilo eletrônico das Patricinhas do Forró

No 16ª dia de festa o público contemplou a tradição do forró pé de serra e prestigiou a apresentação de grupo folclórico Batalhão do Rosário, no Barracão da Sergipe

Domingo também é dia de forró. A 16° noite do Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, atraiu amantes do forró tradicional e do forró das antigas. Entre as principais atrações deste domingo, 18, estiveram o lendário grupo baiano Trio Nordestino, e os sergipanos Joba e Patricinhas do Forró.

No Coreto da Marluce, Os Brasas Nordestinos se apresentaram para os visitantes da Vila do Forró. Já o Barracão da Sergipe contou com as atrações Bobinhos do Forró, Batalhão do Rosário, do município de Rosário do Catete, e Os Filhos da Mãe. 

Palco Rogério

No Palco Rogério, o primeiro a se apresentar foi o sergipano Joba, com um repertório recheado de clássicos do cancioneiro nordestino, como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, e composições autorais. “Já tem 12 anos que não me apresento no Arraiá do Povo. A sensação é que parece que é a primeira vez. Voltei hoje com a formação completa e com mais experiência pra fazer muito forró para os sergipanos e turistas”.

Em seguida, foi a vez do Trio Nordestino subir ao palco. Autor de sucessos como ‘Forró Pesado’, ‘Procurando Tu’ e ‘Petrolina Juazeiro’, o Trio acumula 65 anos de carreira e se apresenta com a segunda geração do grupo, formada por Luiz Mário (trângulo e voz), Beto Souza (sanfona) e Jonas Santana (zabumba).

O sanfoneiro do Trio Nordestino, Beto Souza, destacou a importância da manutenção do forró tradicional. “O Trio Nordestino vai fazer sempre esse forró autêntico, tocando os grandes sucessos e botando todo mundo pra dançar e cantar. Permanecemos com a tradição do forró para não deixar morrer a cultura do trio com zabumba, triângulo e sanfona, que é a herança de Luiz Gonzaga. Sergipe é o país do forró e a gente sempre tem um prazer maravilhoso de vir aqui”.

Fechando a noite, a banda sergipana Patricinhas do Forró levou para o público o forró das antigas e novos sucessos da atualidade. As cantoras Amália Zickler e Núbia Santana destacaram a importância da maior parte da programação ser formada por artistas locais. “Estamos muito felizes por tocar aqui. É uma valorização dos artistas sergipanos e isso a gente já vê pelo tema do Arraiá do Povo, que é ‘Sergipe é o país do forró’, uma música do sergipano Rogério, que dá nome a esse palco grandioso”.

O holandês Jacobs Cornelis, de 76 anos, estava assistindo aos shows diretamente do Camarote da Acessibilidade. “A festa está maravilhosa. Eu dançava, hoje em dia estou na cadeira de rodas, mas eu gosto demais. Gosto de tudo dessa época: A comida, a música, a dança, o clima, as pessoas tudo pulando e dançando, tudo é uma maravilho!. O Camarote da Acessibilidade é o melhor lugar da festa, bem de frente do palco. Não poderia ser melhor. O Trio Nordestino eu já conhecia a história e gosto muito das músicas”.

Batalhão
O Batalhão de Rosário do Catete se apresentou no Barracão da Sergipe e existe há 40 anos. Segundo os organizadores, o período junino é a época que o grupo mais se apresenta no estado. O Batalhão é formado por homens e mulheres que cantam, tocam e dançam, em sua maioria idosos, mas que já deixam o seu legado com os jovens que compõem a banda do grupo. O público, animado, acompanhou com palmas a apresentação.

País do forró
Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontece em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e TAG, e apoio da Energisa e MOB.