Produtos têm tido bastante procura, tanto por turistas como por sergipanos, para compor o visual para os dias de festividades por todo estado

Os comerciantes especializados em produtos do vestuário com a temática junina estão animados com o crescimento do movimento neste período do ano. São itens como trajes típicos, peças com estampa xadrez, chapéus de palha e couro, sapatos, botas, entres outros artigos que têm tido bastante procura, tanto por turistas como sergipanos, para compor o visual para os dias festividades que estão sendo realizadas no ‘país do forró’. A programação realizada pelo Governo de Sergipe, com mais de 30 dias de eventos, tem contribuído para o aumento no volume de vendas no segmento, o que tem aquecido a economia.     

É o que relata o lojista Jorge Carlos de Melo. Acostumado a comercializar chapéus tradicionais de figuras nordestinas como Lampião, Maria Bonita e Luiz Gonzaga, como também de vestidos caipiras e camisas xadrez, o dono de loja de artigos de artesanatos há mais de 50 anos no mercado de artesanato, no Centro de Aracaju, revelou que já há dificuldade para encontrar determinados itens por conta da alta procura.  

“Vendemos de tudo, mas nessa época o que mais têm saído são vestidos caipiras, chapéus de couro e de palha, balões e bandeirinhas. O movimento aqueceu muito com esse investimento que o Governo do Estado tem feito na promoção dos nossos festejos. Com isso, melhorou muito o nosso turismo e nossa economia”, elogiou o comerciante. Ele ressalta que o volume das vendas está superando o de outros anos. “Sem sombras de dúvidas, está muito melhor. Realmente dobraram as vendas em relação ao ano passado, tanto que precisamos contratar mais quatro pessoas para suprir a demanda”, revelou.  

Funcionário de uma loja de artesanatos, Marques Henrique dos Santos também é outro que comprova o aquecimento do comércio no período. “Este ano o crescimento foi bem maior, tanto de turistas como de moradores. A procura por nossos produtos tem aumentado muito, sobretudo para artigos como chapéus de palha, sandálias, como as ‘piriquitinhas’ [sandálias típicas feitas em couro]. Aumentou bastante e esperamos que cresça mais ainda. Até o final de julho, o pessoal deve procurar bastante”.

Diversificação

A vendedora Wilma Sales, que comercializa lembranças de artesanatos, teve que ampliar o leque de produtos oferecidos e inserir sandálias típicas, por conta da demanda do período junino. “Normalmente nós vendemos camisetas, cachaças, lembrancinhas e tivemos que adicionar as ‘priquitinhas’, porque a procura tem sido muito grande”, disse a vendedora, que espera maior crescimento nas vendas até o fim das festividades.  

A vendedora Bárbara Cristiane Ferreira da Silva Araújo foi outra que teve que incrementar as mercadorias com chapéus, sandálias e enfeites nas prateleiras. “A gente teve que incrementar por conta da grande procura. Muita gente procura esses adereços para enfeitar as casas e já entrar no clima junino”, contou.    

Clévia Maria dos Santos, gerente há mais de 20 anos de uma loja especializada na venda das sandálias típicas em couro também reforçou o estoque para as datas festivas. Animada com as vendas, a gerente está na expectativa de vender todos os produtos até o final do mês. “Ainda temos mais 15 dias para vendermos e tenho certeza que irá acabar tudo. O que mais tem saído são as ‘priquitinhas’, nosso carro-chefe”, informou, ao apontar que a procura tem sido grande tanto de turistas como de sergipanos.

Para a dona de casa Iara Martins Sales, o item que não pode faltar para curtir os festejos juninos é justamente a sandália de couro. “Com certeza, depois da pandemia, o sentimento é de aproveitar a nossa principal festa da melhor forma. Já estou com todo o meu look montado com bota, camisa xadrez e priquitinha”, disse.     

Já o técnico óptico Edvaldo Santos Conceição contou que foi até o centro da cidade para garantir a última peça da roupa da neta. Edvaldo revelou que vem comprando ao longo do mês peças como camisas, chapéus e botas para toda família. “Acho importante entrarmos nesse clima junino e não tem melhor forma do que nos vestindo a caráter”, disse o técnico que ainda vai adquirir fogos e comidas típicas.       

Outro comerciante que está rindo à toa com o aquecimento das vendas neste período é Silvino Ferreira de Carvalho Filho, gerente de uma loja de sapatos, localizada no Centro de Aracaju. “As vendas estão muito boas, principalmente, para peças como botas que são as mais requisitadas. As vendas estão crescentes, tanto que aumentamos o nosso estoque e estamos pedindo mais, porque não estamos dando conta da procura”, disse. Ela atribui o aumento da demanda à quantidade de festas promovidas em Sergipe. “Aqui está tendo muitas festas e isso ajuda muito no nosso comércio. Aumentamos nossas vendas em algo em torno de 40%. Todo dia estão chegando mais botas para suprir a necessidade dos clientes”, reforçou.

A autônoma Cira Moraes de Jesus é uma das pessoas que estão à procura das botas para usar nas festas como o Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia. “Tenho procurado bastante, há uma gama de variedades, tanto que estou em dúvida. Todas estão lindas”, pontuou, ao acrescentar que é uma peça essencial para deixar o visual mais arrumado e de acordo com a época.

País do forró

Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontecerá em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e Eneva, e apoio da Energisa e MOB.